A relação dos tutores com os animais de estimação é cada vez mais intensa e visceral, pois nunca houve tanto envolvimento emocional e apego dos mesmos para com os animais de companhia, especialmente em relação aos cães e gatos.
Esta dor geralmente é arrasadora!
Lidar com ela requer a reorganização de “nossos objetos de desejo”, mudança de nossos paradigmas e aceitação da nossa própria vulnerabilidade.
No caso do luto pela perda de um animal, a situação se complica um pouco mais, pois, a perda de um animal não é “reconhecida” pela nossa sociedade. Ela seria um luto não-autorizado, entendido como o luto que uma pessoa vive quando tem uma perda que não pode ser abertamente reconhecida, chorada publicamente, ou socialmente apoiada.
Segundo as nossas crenças, a maioria das pessoas diriam:
-Era só um animal!
Ao que parece os animais ainda não são dignos de luto e há clara noção de que há algo errado com alguém que entra em processo de luto após a morte de um animal. Assim, quando um animal de estimação morre, muitos donos estão totalmente despreparados para a intensidade deste sentimento e ficam embaraçados e com vergonha dele. Desta forma, os tutores se sentem isolados e sozinhos.
O luto é um processo contínuo, com cada pessoa vivenciando-o de uma forma diferente, por isto quando você estiver diante de alguem que está passando por esta situação, ajude-a acolhendo este sentimento.